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EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS – EJA

Foto do escritor: Beija-Flor EditorialBeija-Flor Editorial



Por Lucicleide Santos

A Educação Básica é composta por três etapas – Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio, a EJA faz parte das duas últimas etapas, e é para está modalidade de ensino que volto o foco dessa reflexão. A EJA assim como outras modalidades buscam por meio de práticas educacionais variadas, atender um público específico, no caso desta modalidade trata-se de pessoas não alfabetizadas e sem educação básica completa.


Apesar de ser uma modalidade de ensino há anos contemplada nas políticas públicas educacionais, em pleno século XXI ainda se percebe a existência de um significativo número de pessoas analfabetas e semianalfabetas em uma sociedade onde a leitura e escrita são fundamentais no processo de reivindicação por direitos, inclusive o direito a educação. Cabe-nos então pensar criticamente sobre as políticas direcionadas a esse público, tendo em vista o histórico período de avanços e retrocessos vividos pela modalidade.


As leituras desenvolvidas nos grupos de pesquisa que faço parte (MULTIEJA - GEDIC), indicam que a modalidade é simbolo de resistência, as políticas voltadas a esse público por vezes são incongruentes e instáveis, e acabam sendo (re) elaboradas de acordo com cada gestão vigente. Demostrando que aos educandos/as da modalidade é reservado o lugar de marginal não só em sociedade, mas também nas políticas que sustentam os processos de escolarização.


Como já foi mencionado, existem várias legislações que envolvem o público da EJA, no entanto, pouco se faz para que a esses/as estudantes tenham o direito a permanecer nos espaços escolares, nesse sentido, não se pode pensar em políticas de oferta sem que também se constituam políticas de permanência, tendo em vista que para esse público as necessidades de subsistência se sobressaem a formação escolar.


Com tudo, é preciso com urgência, conhecer quais sujeitos frequentam a modalidade, bem como suas reais necessidades para que assim possam ser criadas ações que de fato se comprometam com esses/as educandos/as. Compreender as demandas do público da EJA é essencial no sentido de pensar em quais caminhos devem ser readaptados para que se supere os altos índices de pessoas não alfabetizadas espalhadas nas regiões brasileiras.

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