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EDUCAÇÃO e FAMÍLIA




Por Lucicleide Santos


Quando paramos para falar sobre Educação com nossos pares, no meu caso, enquanto docente da rede pública de ensino, vários questionamentos são postos frente ao processo de ensino/aprendizagem. As reflexões variam, e vão desde a nossa prática, aos pequenos e preocupantes avanços de alguns estudantes, como também os polêmicos descasos que nitidamente notamos por parte das famílias para com alguns alunos. É exatamente esse olhar sensível de professor/a que nos permite compreender alguns dos motivos que interferem no desenvolvimento do aluno no processo de escolarização.


Vale enfatizar, que as negligências no tocante a escolarização sofrida por alunos da Educação básica não é vista exclusivamente no ensino público, embora sejam mais perceptíveis nesse âmbito. As experiências que obtive nas redes de ensino pública e privada foram primordiais para discorrer tal afirmativa. De fato, muitas famílias ingenuamente pensam que por seus filhos frequentarem uma escola particular terão um processo Educativo de sucesso. E acabam esquecendo que outros fatores impactam diretamente na efetiva aprendizagem.


É relevante considerar que mesmo existindo uma fenda abissal (Santos, 2020), entre as classes sociais, que separam os alunos da rede pública, daqueles que frequentam a rede privada de ensino, sendo a última reconhecida por muitos como “de melhor qualidade”, as famílias precisam entender sua importância na vida escolar de cada estudante. E isso independe de qual lugar ocupa na pirâmide social.


Nos momentos de diálogos com outros docentes, concordamos que embora a escolarização seja nossa responsabilidade, os estudantes que recebem maior apoio no contexto familiar aprendem com mais facilidade. O incentivo das famílias por vezes impulsiona o estudante nessa caminhada tênue que é a Educação. No papel de Educadora posso afirmar, que na maioria dos casos a Educação escolarizada melhor se consolida em estudantes oriundos de ambientes familiares que reforçam no alunado a dimensão que a Educação ocupa na sua formação crítica como sujeito social.


A intenção nesse post é convidá-los/as a refletirem sobre o espaço que a Educação vem ocupando nos diálogos cotidianos desenvolvidos no âmbito familiar, quer sejam famílias letradas ou não. Enquanto responsáveis por nossos filhos/as, qual postura assumimos perante o processo educativo? Como podemos incentivar nossos filhos/as e desenvolver neles o real interesse pelo aprendizado, mesmo que o lugar ocupado na pirâmide social não seja o topo?  Vamos refletir?

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