Por Paloma Sama
Jogos de terror sempre me afligem, mas insisto em continuar jogando. O porquê, não sei. Você passa pelo mesmo? Alguns nos prendem pela história, outros pelo próprio horror. Este, porém, tem os dois. Prepare suas pilhas.
Outlast
(Lançado em 2013 pela Red Barrels – survival horror)
Rumores de abusos e experimentos ilegais em humanos em um asilo abandonado estão sendo comentados por aí. Miles Upshur, um jornalista investigativo independente, recebe uma dica anônima sobre essas atividades suspeitas e decide bisbilhotar o local com sua câmera a pilhas.
Ao forçar sua entrada no asilo, Miles logo percebe que se encontra numa terrível situação. Ele testemunha cenas de violência extrema e se depara com corpos mutilados de funcionários e pacientes.
Durante sua investigação, ele é perseguido por pacientes deformados e violentos que estão soltos pela instalação, assim como por um ser misterioso conhecido como Walrider, que se manifesta como uma entidade de sombras e bestialidade enquanto Miles está em busca da verdade.
O jornalista encontra documentos e gravações que revelam a real extensão dos horrores que ocorreram no asilo, como entender que tudo fazia parte de um projeto envolvendo experimentos cruéis nos enfermos, que foram submetidos a tortura física e psicológica. Agora ele se encontra na fronteira aterradora entre a ciência e a religião, entre a natureza e algo completamente diferente. Uma vez no interior do asilo, sair parece ser uma realidade cada vez mais distante.
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Outlast aborda uma variedade de temas sombrios e perturbadores, como corrupção, abuso de poder, insanidade, experimentos humanos (um dos temas centrais), isolamento e desespero.
A sensação que o jogo traz a todo instante é de medo e claustrofobia. Tendo apenas uma câmera a pilhas, essa é a nossa única “arma” para enxergarmos nosso inimigo e nos escondermos, pois não podemos revidar seus ataques. Escuridão faz parte de praticamente todo o jogo e nossa pilha acaba rápido. Nos escondemos embaixo das camas, dentro de armários, atrás de coisas, mas não importa, sempre somos encontrados.
O ambiente opressivo do asilo e as experiências traumáticas vividas pelos pacientes e funcionários retratam os efeitos devastadores da loucura. Os horrores presenciados por Miles e a deterioração da sanidade ao longo do jogo destacam a fragilidade da mente humana em face do terror extremo.
É uma experiência única, mas não foi feita para todas as pessoas.