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Foto do escritorBeija-Flor Editorial

Leptospirose e os cuidados que devemos ter após as enchentes.




Por Júlia Morão


É inegável que a catástrofe das enchentes no Rio Grande do Sul atingiu o país inteiro, direta ou indiretamente. E, dentre todas as adversidades que está tragédia já trouxe, ainda há uma a ser pautada: a re-imersão das doenças infectocontagiosas e, em especial, a Leptospirose. 


A Leptospirose é uma doença transmitida pela urina de roedores, quando em contato com a mucosa, ferimentos de pele ou exposição prolongada. Dessa forma, as águas de enchente se tornam um ambiente altamente propício para essa disseminação. E, por isso, não apenas as vítimas, mas também os heroicos voluntários, encontram-se em potencial vulnerabilidade de contrai-lá. Sendo que, para muitos, a profilaxia é indicada - de acordo com uma avaliação, caso a caso, por profissionais de saúde. 


Mas como a Leptospirose se comporta no corpo humano e quais sintomas são sinais de alarme? Assim como a maioria das icterícia febris (doenças que causam febre, associada a um aspecto amarelado da pele - devido ao aumento de bilirrubina na circulação), a Leptospirose tem um período de incubação de aproximadamente 7 dias, seguida de febre aguda e alguns sintomas inespecíficos: vômitos, diarreia, dor de cabeça e dor no corpo (especialmente, nas panturrilhas). E podendo evoluir para dois caminhos: a cura ou a fase imunológica. Está segunda traz consigo alguns sintomas mais graves, como: extravasamento hemorrágico, meningite e/ou insuficiência renal; além de ser marcada pela icterícia. 


Com isso, como a tragédia torna o contato com as águas de enchente algo inerente da rotina dos últimos dias, cabe a nós o maior cuidado das vítimas e observação dos possíveis sintomas! Em casos de surgimento de febre inespecífico, a procura de ajuda por um atendimento médico é sempre o primeiro passo! E, para os voluntários na ajuda: sempre uso de botas, luvas, proteção dos machucados - para evitar contato direto com a água- além de consultar a necessidade de profilaxia com os serviços de saúde locais. 


Os danos que está catástrofe causou são evidentes, mas juntos - com empatia e cuidado - podemos ajudar cada vítima a reconstruir sua vida e evitar maiores danos! 

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