Por Júlia Morão
Não é novidade que o mês de outubro é marcado pelo movimento ‘Outubro Rosa’, uma campanha mundial que conscientizará sobre o câncer de mama. Apesar disso, essa doença, que afeta inúmeras de mulheres por todo o mundo, segue sendo tema cercado de tabus e desinformação. E, por isso, é sobre ela que vim conversar um pouquinho este mês!
O câncer de mama é uma desorganização das células no tecido mamário que pode se manifestar de forma maligna e, apesar de poder também afetar homens, é predominantemente uma preocupação na população feminina. Estudos mostram que 1 a cada 8 mulheres será diagnosticada com a doença em algum momento de sua vida. E, devido a estes números tão alarmantes, o rastreio se tornou essencial; uma vez que o diagnóstico precoce pode ser modificador de prognóstico!
Durante bastante tempo, a orientação do auto-exame cercou nossa realidade e se fez presente até mesmo nas propagandas de TV. No entanto, devido o aumento de sobre diagnósticos (ou seja, investigações de alterações que não eram de fato lesões malignas), a orientação mudou: atualmente, recomenda-se consultas ginecologias de periódicas para todo o público feminino - não só para exames das mamas, mas também para coleta de exames de papanicolau e outros rastreios. Enquanto isso, fica a orientação de observação de sinais de alarme que podem sugerir uma consulta médica também, como: alteração de textura da mama, presença de secreção anormal, dores fora do período menstrual…
E, além das características avaliadas pelo exame físico, a mamografia é recomendada a partir dos 50 anos - segundo o Ministério da Saúde. Este exame permite detectar a doença em estágios iniciais, que muitas vezes não conseguem ser identificadas ao toque, aumentando significativamente as chances de cura. É fundamental reconhecer que um diagnóstico precoce não só salva-vidas, mas também pode permitir tratamentos menos agressivos e com prognósticos mais favoráveis.
A luta contra o câncer de mama vai além de um mês dedicado à conscientização; é um esforço contínuo que demanda apoio, informação e, acima de tudo, amor-próprio. Ao zelarmos pela nossa saúde e incentivarmos outras mulheres a fazer o mesmo, ajudamos a construir um futuro onde o câncer de mama não é uma sentença, mas sim uma história de superação.
Portanto, neste Outubro Rosa, engaje-se, informe-se e, principalmente, cuide de si mesma. A prevenção é nossa melhor aliada contra o câncer de mama. Juntas, podemos fazer a diferença.