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O que é meditação?

Por Augusto Rossini




Tudo começa com um propósito, fé e referência. Ou uma inspiração em alguém em função de sua melhora de qualidade de vida. Daí entram as posturas, procedimentos e a execução. Os preconceitos ajudam a distorcer a imagem do que realmente é meditar, mas só a experiência interior do hábito pode proporcionar a resposta correta para essa indagação. Mas, e se nada disso estiver presente enquanto um pré-requisito? Entra em cena o mais importante deles: a vontade de se autoconhecer.


É simples, basta renunciar. Se o significado dessa palavra fosse menos complexo, acredito que mais pessoas poderiam passar mais tempo meditando e menos complicando essa simples palavra (ou tendo estereótipos negativos sobre a mesma). Basta o silêncio de um quarto escuro, uma vela branca e aceitar os seus pensamentos. Quem disse ser tão simples para uma pequena descrição? A verdade é que, para cada tipo de pensamento ou vertente, há um tipo de meditação. São tão variadas quanto as estrelas.


Devido a tal variedade, às vezes é preciso tomar cuidado com algumas seitas esquisitas para não tornar um processo de relaxamento uma imposição medieval, uma libertinagem new age desconexa… Ou até mesmo gastar horrores com “guias espirituais” por um processo no qual o resultado é sempre por sua conta. É isso, a beleza está e só pode ser construída dentro, repleta de aceitação. No entanto, meditar não exige somente o hábito de se isolar e entrar em êxtase pacifista. Requer um objetivo final, realização, filosofia e conduta ética que permite o silêncio da mente com facilidade. E tudo isso depende somente de você.


Já pensou que todos os problemas no mundo deveriam ser resolvidos de dentro para fora? Ou será que o caos das metrópoles não possui nenhuma correlação com a maneira caótica que os indivíduos lidam com o seu mundo interno? Meditação também é sobre caos e a maneira como o aceitamos. Mas como você julga o que é caos se nem ao menos vislumbrou a beleza que há dentro de si? Você está no controle e a sua paz é sua responsabilidade também. Por mais que o mundo esteja caótico, é possível estar bem consigo mesmo. Há um tempo, meditações em grandes grupos que viajavam em grandes capitais surtiram o efeito de diminuir drasticamente o índice de violência daquele local. Portanto, se muita gente comum não consegue fazer essa diferença, faça por você e pelo mundo.


Comece com um tempo dedicado ao amor-próprio. Sua mente se tornará o seu querido e arrumado lar. Com o tempo, você medita até em mesa de bar. Só não espere do dia para a noite. Tenha paciência e perseverança em se cuidar.


Como primeira prática, comece ouvindo músicas ambientais para meditação e acendendo vela branca com ou junto a um incenso leve (alfazema, capim-limão, lavanda…) em um local bem ventilado (de modo que o vapor da vela e do incenso não te faça tossir e incomode). Feche os olhos e aceite seus pensamentos enquanto respira fundo. Tente 10 minutos. Se não conseguir, tente 5. Ainda não? 2min 30s… Se os pensamentos chegarem, conclua os mesmos de modo que isso te proporcione paz. Continuaram? Aceite e se sinta grato por chegar tão longe. Com a prática, a necessidade vai se expandindo. 


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